Estava para completar um ano desde a morte de Joyce, sua irmã mais velha, num acidente de carro que chocou toda a família.
Jeniffer ficara muito abalada e sua vida desde então não foi à mesma.
Tinha crises de choro, pesadelos precisando de um acompanhamento médico para ajudá-la a superar essa tristeza. Recebia também o apoio da família que fazia de tudo para que ela pudesse voltar a ter uma vida normal aceitando a morte da irmã. Sua mãe morrera de parto no seu nascimento e, em menos de um ano depois, seu pai casara novamente.
Isso fez com que se unissem ainda mais e Joyce por ser mais velha a protegia cuidando dela com um amor maternal.
Isso fez com que se unissem ainda mais e Joyce por ser mais velha a protegia cuidando dela com um amor maternal.
Joyce formou-se em Comércio Exterior crescendo profissionalmente, tornando-se uma grande executiva e conquistando sua independência muito cedo. Assim que pode comprou seu apartamento e levou sua irmã para morar com ela. As duas viviam felizes e como Joyce viajava muito a Jeniffer era quem cuidava de tudo além de estar terminando a Faculdade de Economia e trabalhando em uma empresa de Auditores.
Jeniffer largara todas as suas atividades e mesmo em tratamento vivia o seu mundinho junto de sua irmãzinha e quantas vezes sua tia a pegara falando sozinha com o espelho.
Havia na sala de jantar um quadro com uma linda paisagem e era ali que ela conversava com sua irmã. Sua querida irmã estava ali sentada embaixo daquela árvore esperando por ela, mas queria saber que lugar era aquele e começava a conversar normalmente com o quadro.
- Joyce que bom que você está aí.Como gostaria de estar junto de ti e poder acalmar esta dor que arde dentro de mim.
Falava com a voz carregada de emoção começava a fazer carinho na tela. Sentia tudo muito real e imaginava que a sua irmãzinha querida a estava vendo através de um grande espelho naquele lindo jardim e tocando a sua mão também. Continuava a sua conversa de mão única onde só ela sabia o que passava em seu interior.
- Como esquecer cada pedacinho que compartilhamos juntos, nossa infância e os cuidados que teve comigo em minha adolescência , me orientando, me enfeitando , me orientando nos meus primeiros namoros e em tudo que pedisse. Volta logo para casa maninha e descansa um pouco dessas viagens para ficar um pouco comigo.
Essa imagem mais do que depressa apagava trazendo Jeniffer de volta a realidade, como num sopro , num vento que refresca o seu rosto.
O acompanhamento médico era constante para que pudesse mostrar a ela que aquelas visões eram tudo um simples sonho e a sua vida tinha que continuar. Que sua maninha estaria sempre presente em seu coração e que nada no mundo apagaria amor entre elas que permaneceria vivo para sempre.
RSantos
15a. Edição Roteiro
Imagem Projeto
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Um comentário:
Darias uma ótima roteirista.Gosto disso! Beijos,lindo fds,chica( quando tiveres tempo, olha a última postagem do coisinhas,rsrsr)
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